quarta-feira, 30 de maio de 2012


REFLETINDO SOBRE AS MUDANÇAS DA LEITURA E  ESCRITA NA ERA DIGITAL



Atualmente as tecnologias encontram-se cada vez mais inseridas no contexto educacional, mudando o cenário das escolas, não só  na forma de leitura, mas de escrita também. Com o avanço do uso da internet surge uma nova forma de linguagem chamada digital. O que provoca uma crise na  leitura e escrita tradicional.

Diante desse  cenário, muitos profissionais de educação acreditam que isso poderá acarretar a perda da escrita formal no papel, da ortografia, do traçado de letras, do raciocínio presente na escrita manual, dos livros impressos... Bem como, que a linguagem digital trouxe consigo o desinteresse do aluno em ler e refletir ao escrever, pois ele só copia e cola suas pesquisas, sem precisar ler, raciocinar e digitar seus textos. A leitura e a escrita digital levam os processos educacionais a sofrerem uma profunda  mudança, onde a sala de aula passa a ser  transformada em um espaço colaborativo de aprendizagem. Entendemos que esse problema pode ser diminuído através da atenção do professor que conhece o nível de desenvolvimento linguístico de seus alunos que conseguirá perceber se o texto é da sua autoria ou não.

Sabemos que a   linguagem digital propõe uma nova estratégia  de aprendizagem a partir do manuseio das teclas do computador, celular... e que podemos estar em   contato com vários tipos de  textos escritos, jogos, fotos, músicas, slides, filmes, vídeos, desenhos, animações e outras ferramentas que dão a ela a possibilidade de explorar várias leituras ao mesmo tempo, isto faz com que o aluno  interaja e conquiste autonomia no seu processo de aprendizagem.

Apesar dos ganhos, surge também às perdas como, desinteresse do aluno pela leitura de livros, a escrita errada no caderno. Nós como professores devemos  incentivá-los a fazer leituras de livros, jornais, revistas, e trabalhar as duas formas de escrita, orientando sempre onde se deve ser aplicada cada uma. As tecnologias devem sim ser inseridos  na escola, mas de forma gradativa a fim de não causar desconfortos, pois são recursos ainda não acessíveis à maioria da população

Outro fato que merece destaque, é que antes, através da escrita no papel o aspecto físico e visual dos livros era estável e controlado de modo exclusivo pelo autor.  Hoje o livro eletrônico é mais dinâmico o que facilita o surgimento de outros estilos de escrita e de leitura que exigem utilização de novas formas ou estratégias didáticas para o desenvolvimento do processo da leitura. Esse é o grande desafio do educador,  possibilitar que os alunos desenvolvam diversas competências através de atitudes compartilhadas, coletivas e sociais.

Neste sentido, a escola não deverá  utilizar o computador como uma ferramenta, mas como um agente transformador do processo educacional como um todo. O modo como a escola utiliza o computador, a internet e outras tecnologias é que poderá estimular nos alunos a criatividade, a transmissão de informações, novas formas de sociabilidade e o desenvolvimento das habilidades cognitivas. O sucesso ou o perigo não está nos meios  tecnológico, mas no uso que dele se faz. Vale ressaltar que o computador por si só, não possui uma característica interativa, transformadora.

Enfim, acreditamos que as TICs estão aí, e não temos como voltar à trás no tempo. Elas  não ameaçam o processo de aprendizagem, e sim, são possibilidades dentre tantas outras de transformar seres humanos em leitores críticos, participativos e cidadãos conscientes de seu papel na sociedade.  Por isso elas devem ser  vistas como um desafio no processo de ler e escrever e não como uma ameaça, também não devem ser impostos de uma hora para outra, tornando-se o foco do ensino,

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

RAMAL, Andrea Cecília, Ler e Escrever na Cultura Digital. Disponível em:
http://www.revistaconecta.com/destaque/edicao04.htm Acessado em 08 de setembro de 2010.
Hipertexto: Outra Dimensão para o Texto, Outro Olhar para a Educação
DIAS, Maria Helena Pereira ? PUCCAMP. Disponível em: http://www.anped.org.br/reunioes/27/gt16/t168.pdf. Acessado em 09 de setembro de 2010
RAMOS, Edla Maria Faust, Introdução a Educação Digital/ - 2 ed – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de educação a Distância, 2009

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